sábado, 7 de fevereiro de 2009

À ele.


Tudo que eu senti já nem cabe mais aqui
e para você, o muro
para mim
apenas um quarto escuro.

De repente me senti pequena
meus pés nem tocam o chão
e para mim, o gozo
para você, meu coração

Minhas mãos trêmulas
um dia tiveram segurança
e para você, donzelas
e para mim, lembrança.

Eu e meus pensamentos
de novo no mesmo dilema
e para mim, loucura
para você, esse poema

Fatos embalados numa redoma de cetim
e para o céu, você
e para você
a mim.

O abraço, um passo
pequenino espaço
dura só um minutinho
todo esse compasso

que desemboca no fim.

A foto que eu olho
tem você do meu lado
e lá fora, meu bem
já não é mais assim

E a minha criança
que chora e dança
e às vezes se cansa
disso tudo

ruim

A cabeça enlouquece
e tudo permanece
nem uma lágrima desaparece
de dentro de mim.

Não dependo de nada
não dependo de mim
não dependo mais tempo
não dá mais
mas dá sim.



3 comentários:

Maria Cecília disse...

o.o

Ericka disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Ericka disse...

"Importante: A crase não ocorre: antes de palavras masculinas; antes de verbos, de pronomes pessoais, de nomes de cidade que não utilizam o artigo feminino, da palavra casa quando tem significado do próprio lar, da palavra terra quando tem sentido de solo e de expressões com palavras repetidas (dia a dia)."

HAHAHAHA NÃO RESISTI!

Ass.: A rainha da crase.